segunda-feira, 18 de agosto de 2008

A terra do sol d’água (de)baixo

Seis meses (desses meia-dúzia) há quase que não estanca gota pingada aqui na cidade natalícia, vulgo Natal. E, por via, é engraçado como isso se ocorre em descompasso – um fenômeno tão natural, como uma tormenta em riba-cima da cabeça de gente se deita.
Aquele que atravessou o oceano a querer pegar os raios de nossa terra, ardentes ambos, terá que se contentar com o sol-papel nas paredes dos hotéis (Pouco de lucro para as agências de turismo). O trab/alho também não é fácil para quem corta a cidade por dentro, anti-avesso: as ruas estão subaquáticas, os bairros são em copa de ilha e as gentes... mal sabe de onde vem o riacho que invade seus (trans)portes.


O pior é que a chuva parece mesmo uma grande vilã, dessas ruins por sina negra. Lembro-me eu do tempo em que as pessoas pediam desesperadamente água... pediam que os céus de cima aliviassem a ardência da terra. Bom, parece que os céus têm ouvidos – pelo menos por licença de verso.
É certo que a água veio em grande demasiado, mas isso não deve ser problema para quem esperou eterno tempo pela dádiva. Na verdade, homem nunca se conforma com o milho que as mãos abraçam. Mas é, no entanto, um espetáculo ver Natal, embora sob as águas – a tormenta ser-igual ao um dilúvio fragilizado, assim em pernas da própria fraqueza. As primeiras notas que antecedem a tragédia.
Nesses dias de, o homem é formiga tonta, descompasso. Pobre louco! Se for mesmo a jogar olho pela janela, vê-lo-ia espetáculo nas águas reencontradas: o dia quando a natureza dos seus homens ri(o).

Um comentário:

Lígia Mychelle de Melo disse...

Oi André...escreve mais!!!!!!!!!