segunda-feira, 6 de outubro de 2008

O Parque da Cidade de Natal



No último fim de semana estive no Parque da cidade e devo dizer que o lugar é admirável. O ambiente ainda não proporciona muita alternativa para os visitantes: trilhas ecológicas, área de lazer, apresentações artísticas aos domingos e o monumento assinado por Oscar Niemeyer são as únicas atrações da reserva ambiental. Mas é o suficiente para deixar qualquer um seduzido.

Confesso que entrei no Parque na esperança de encontrar alguma espécie de animal raro por sobre as trilhas, alguma ave exótica planando no doente céu azul ou alguma árvore sombria que lembrasse os velhos contos de fada (a divulgação do projeto na mídia parece alimentar essa idéia). Bom, não me deparei com esses elementos mitológicos, mas a impressão causada pelo projeto de Niemeyer é indescritível e compensa qualquer outro tipo de frustração. A cada passo dado na trilha a massa de concreto erguida no ar se apresenta com nova cara, de modo que é preciso percorrer os 5 Km do parque para apreender a obra na sua totalidade. Como se não bastasse, à medida que o indivíduo se aproxima da escadaria serpenteada, tem-se a impressão de que um estranho objeto voador – ainda com seu cheiro de infinito – sobrenada o campo cipreste (muito mais belo do que o meu pássaro raro desfeito na fumaça do céu).

As linhas curvas e as ondulações são dominantes no desenho do Parque – marca do mestre carioca e da arquitetura contemporânea nascida com ele. As paredes em vidro reforçam a modernidade do conjunto e permitem que a luz seja um importante componente da construção civil. Diga-se de passagem, as paredes invisíveis que cercam as salas de recepção proporcionam um agradável efeito de liberdade.

Qualquer tentativa na descrição do projeto será penosamente artificial, se você não tocar com os próprios pés as trilhas desse ambiente fabuloso que aportou em Natal. Portanto, fica o convite para que se visite com freqüência o Parque da cidade – uma opção de requinte para o povo potiguar. O Parque está localizado no prolongamento da Prudente de Moraes.

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